História |
Desde cedo se manifestou em mim um desejo profundo de contribuir, de forma pessoal, para o desenvolvimento do Povo Moçambicano, considerando o homem no seu todo. A formação humana nas suas diferentes vertentes, a cultural, académica, técnica, mas sobretudo a moral e cívica, foi um dos objectivos maiores traçados desde sempre.
2. Formar profissionais competentes, livres, criativos, autores de sua própria história, lideres na construção da sociedade, que assumam os valores da ética humanista na vida e na profissão;
3. Desenvolver as capacidades e atitudes éticos e investigativos na busca da verdade científica, e dar testemunho dos valores éticos em todas as dimensões da sua actividade e nos ambientes intelectuais e universitários, mediante o diálo¬go interdisciplinar, a solidariedade e a cooperação;
4. Capacitar os estudantes a procurarem, interpretarem e avaliarem os conhecimentos técnicos existentes de modo a aplicá-los na execução das suas tarefas profissionais para o bem da comunidade num espírito de servir e não ser servido;
5. Capacitar os graduados para desenvolverem atitudes e capacidades de integrar conhecimentos de várias disciplinas e de trabalhar em equipas multidisciplinares com espírito de auto-reflexão, inovador, crítico e análise.
Em diversas ocasiões manifestei a preocupação de que o nosso País não se pode considerar totalmente livre e independente enquanto não alcançar níveis superiores na educação e formação para os seus filhos, quer em quantidade quer em qualidade. A luta contra o atraso no desenvolvimento, a vários níveis, a proliferação de doenças cuja cura só se torna difícil apenas por falta de domínio da ciência e da técnica, a dependência em relação ao exterior, nos ramos económico, político, cultural e outros, são, dos mais importantes factores que determinaram que eu me envolvesse pessoalmente na criação de condições de educação para o povo moçambicano, sobretudo as suas camadas mais desfavorecidas.
Muito embora reconheça o esforço que tem sido desenvolvido pelo Governo do País, certo é que o caminho ainda a percorrer é muito longo.
Ao longo de toda a minha vida de sacerdote, arcebispo e cardeal, fui chamado a entrar em contacto directo com a parte mais difícil do nosso Povo. Não foi por acaso que adoptei como divisa para toda a minha actividade pastoral a frase/lema “SERVIR E NÃO SER SERVIDO”, porque entendo que eu é que estou ao serviço dos meus irmãos e não o contrário.
A minha nomeação para Arcebispo de Maputo abriu-me as portas para um conhecimento mais aprofundado de entidades, instituições e personalidades em todo o Mundo, aliado à facilidade de adaptação aos mais diferentes ambientes no universo da diversidade humana. Granjeei muitas simpatias e vi nisso uma grande oportunidade para colocar o interesse dos que mais sofrem acima de tudo o mais. Ao esboçar a criação de uma Fundação com o meu nome tive como pressupostos:
a) A exposição da minha imagem criada ao longo de muitas décadas de serviço ao próximo;
b) A oportunidade de ajudar os mais desfavorecidos a terem um objectivo nobre na vida;
c) Evitar que um grande número de jovens, ainda em idade de continuarem a sua formação, se vejam na contingência de entrar para o mundo do desemprego por falta de níveis académicos apropriados;
b) A oportunidade de ajudar os mais desfavorecidos a terem um objectivo nobre na vida;
c) Evitar que um grande número de jovens, ainda em idade de continuarem a sua formação, se vejam na contingência de entrar para o mundo do desemprego por falta de níveis académicos apropriados;
d) Utilizar a Fundação como pessoa colectiva de direito privado para a criação de uma Universidade que seja um centro de ensino e educação moral e cívica do Homem Moçambicano;
e) Ter uma Fundação que seja um elo de ligação para que quaisquer entidades interessadas neste projecto eminentemente social possam ter espaço para participarem;
f) Realizar todas as actividades ligadas à Fundação apenas para fins de carácter social, de interesse público e não lucrativo;
g) Cultivar o espírito de solidariedade social em todos os domínios;
h) Ajudar nos esforços para a erradicação da pobreza absoluta no nosso País;
i) Apoiar as diferentes iniciativas de carácter científico, académico, cultural e de investigação.
Como se pode registar, a fundação prossegue fins que convergem para o desenvolvimento integral da sociedade moçambicana, cultivando um profundo respeito pela dignidade da pessoa no seu todo e empenhando-se na erradicação da pobreza absoluta. Como para alcançar estes objectivos é necessário ter um povo culto e instruído, entendi não poder dissociar a Fundação da criação de uma Universidade, não como sendo mais uma instituição de ensino superior de entre muitas, mas um espaço de aumento de conhecimentos científicos e académicos assentes no rigor e na especialização. Os quadros que vão ser formados deverão ser dotados de conhecimentos sólidos, pois o ensino de que vão beneficiar afastará qualquer hipótese de facilitação na atribuição de graus académicos.
A Fundação não poderá estar alheia à situação concreta da maioria dos candidatos ao ensino superior. O estado de pobreza absoluta em que o Povo Moçambicano vive não deverá, por si só, constituir entrave para que emergentes cérebros não tenham espaço e oportunidade de aproveitarem integralmente as suas capacidades. Através da Fundação poderão ser encontrados mecanismos para prestar o apoio necessário a esses jovens e dotar o País de quadros com formação superior de que se poderá depois orgulhar.
É também importante recordar que há muitas instituições e pessoas singulares, nacionais e estrangeiras, que desejam cooperar de forma mais efectiva nos esforços preconizados pela Fundação. Esta deverá criar espaço e tempo para congregar todos os apoios que surgirem.
Enfim, a Fundação será uma forma de projectar a imagem do País, interna e externamente, aproveitando a imagem criada por um dos seus filhos.
A VISÃO
USTM Ser líder no país, na educação integral e integrada da pessoa, de acordo com a rica tradição tomista de excelência académica, investigação e serviço de qualidade.
A MISSÃO
Providenciar uma Educação de Qualidade com Maior Acesso, através da utilização da técnica e ciência, prestando serviços comunitários/públicos de interesse colectivo, sem fins lucrativos, promovendo assim o desenvolvimento económico, social, político e cultural de Moçambique.
OBJECTIVOS
Normal 0 false false false EN-US X-NONE X-NONE MicrosoftInternetExplorer4O ensino na Universidade São Tomas de Moçambique visa a:
1. Desenvolver capacidades e atitudes nos graduados de aprenderem como aprender, que lhes possibilitem o desenvolvimento dos seus conhecimentos e capacidades ao longo da vida, de modo a procurarem a verdade, conservarem e comunicarem o saber para o bem da sociedade e para responderem com pertinência e qualidade às necessidades e demandas da sociedade;
2. Formar profissionais competentes, livres, criativos, autores de sua própria história, lideres na construção da sociedade, que assumam os valores da ética humanista na vida e na profissão;
3. Desenvolver as capacidades e atitudes éticos e investigativos na busca da verdade científica, e dar testemunho dos valores éticos em todas as dimensões da sua actividade e nos ambientes intelectuais e universitários, mediante o diálo¬go interdisciplinar, a solidariedade e a cooperação;
4. Capacitar os estudantes a procurarem, interpretarem e avaliarem os conhecimentos técnicos existentes de modo a aplicá-los na execução das suas tarefas profissionais para o bem da comunidade num espírito de servir e não ser servido;
5. Capacitar os graduados para desenvolverem atitudes e capacidades de integrar conhecimentos de várias disciplinas e de trabalhar em equipas multidisciplinares com espírito de auto-reflexão, inovador, crítico e análise.
Assim sendo, o ensino na USTM é especialmente orientado para a aplicação e integração da teoria com a prática de modo que os graduados sejam não procuradores mas criadores de empregos (not job seekers but job makers). Por isso, o ensino da USTM deverá ser inovativo, participativo, colaborativo e integrado, incentivando a autoconfiança.